sexta-feira, 8 de março de 2013

Matthew Perry está de VOLTA!!!


Desde o cancelamento da série AWAKE que eu prefiro ver alguns episódios de uma série novata para só depois resenhar a respeito. Pois percebo que o que me faz gostar de uma série não é o senso comum da audiência, e isso ficou provado com FlashFoward, Breaking In, CHAOS, que são séries que tiverem um excelente argumento e uma vida útil inversamente proporcional.
 
 
O mesmo ocorreu com Mr. Sunshine, série que trouxe de volta Matthew Perry, depois de umas tentativas e algumas desistências no universo das séries. O programa tinha um argumento legal: um cara que não conseguia começar o dia de bom humor, tinha uma chefe narcisista, um assessor... peculiar, uma secretária com ares de serial killer, todos trabalhando numa arena de eventos. Eles trouxeram até a Andrea Anders da série Joe pra ser o interesse romântico do personagem principal (e deixou de ser de repente no primeiro episódio), as piadas até que eram interessantes, mas... não emplacou.
 
Por isso que GO ON precisou chegar no seu 17º episódio pra merecer uma postagem aqui! E digo logo, ela tá muuuuito sucesso!!! No primeiro episódio o nome fez logo sentido: é um trocadilho entre "seguir em frente" e "AVANÇAR COM A BOLA" no Futebol Americano.
 
 
Trata-se de um grupo de ajuda mútua para pessoas que sofreram perdas em sua vida. E Ryan King, que acaba de enviuvar de Janie, interpretada por Christine Woods, que participou de FlashForward como a agente dupla da história. Mas o cara está em negação, tentando compensar o vazio existencial de diversas maneiras. O primeiro episódio já traz esse momento de rendição dele, quando ele percebe que precisa de ajuda terapêutica.
 
 
O grupo é liderado por Lauren (vivida pela lindíssima Laura Benanti), uma não-psiquiatra, não-psicóloga, que fez um curso para ser líder de grupo, mas que é uma pessoa bastante perspicaz e sabe bastante sobre o assunto. E pra quem está achando que a série é triste por conta desta temática, está enganado. A seleção do restante do elenco criou um grupo divertidíssimo, desde Bill Cobbs, que dispensa grandes apresentações; Julie White (a mãe de Sam de Transformers... figuraça!); e Tyler James Williams, o Chris de TODOS ODEIAM O CHRIS. Enfim, o grupo todo tem uma dinâmica de humor muito bacana, misturada com os insights e  epifanias que pessoas de luto tem quando vivenciam uma terapia.
 
 
Gosto da ideia do Mathew Perry estar fazendo um rádiocomentarista esportivo, e temos na série esse universo em paralelo, onde ele tem uma assistente, Carrie, que "se vira nos 30" pra fazer as vontades dele, vivida por Allison Miller; o chefe e melhor amigo, vivido por John Cho (que também participou em FlashFoward). Então é isso! Vida longa a GO ON. Recomendo!!!
 
 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Finalmente, o Pai de Castle

Essa Postagem contém Spoilers!!!!
 
Durante todas as confusão que antecederam o casamento de Monica e Chandler, um teste de gravidez com resultado positivo foi descoberto por Phoebe e Rachel. No final do episódio, descobre-se que quem está grávida é Rachel, e essa história se desenrola até a temporada seguinte. Daí, quando Phoebe "saca" que Rachel é a futura mamãe, ela dá cobertura à amiga assumindo que está grávida de... James Brolin, o marido da Barbra Streisand. O vídeo abaixo nos recorda de um dos momentos em que Phoebe menciona o "pai" de sua não-nascida criança.
 

O ator James Brolin é de fato casado com a cantora-atriz-diretora Barbra Streisand, e também é pai do Josh Brolin (que fez o K jovem em Homens de Preto III). Sua carreira é mais conhecida nos Estados Unidos, mas já vi uma coisa ou outra com sua participação (em filmes beeeem antigos, e alguns besteiróis do Pee Wee).


E esse cara aparece em um episódio de Castle, como um espião que se revela como... o pai dele!



Castle é um personagem bem desenvolvido. Eu sempre gostei da ideia dele ser um mulherengo playboy, e sua vida ser dividida entre uma filha adolescente, Alexis, que é um poço de responsabilidade, e sua mãe, Martha, cuja identidade do pai de Castle ela nunca revelaria simplesmente por ter aprontado tanto quando mais nova, que não teria mesmo como saber quem a engravidou! Daí, a série ficou tanto tempo presa nos dilemas e investigações da morte da mãe de Beckett que eu nem lembrava que Castle não tinha pai, e muito menos esperava que ele aparecesse. Mas achei legal a história construída, vale conferir os dois episódios do sequestro de Alexis.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Resgate do Soldado Castle

 
Um amigo me recomendou Castle com uma série onde "mundos colidem"! Sim, pois quando a detetive Kate Beckett se apaixona pelo escritor playboy Rick Castle, é exatamente isso o que acontece. É um caso de paixonite crônite e mútua, onde o juízo de cada um diz que é errado sentir aquilo por alguém tão diferente de você!
 
 
Eis o núcleo dessa série policial fantástica, onde temos no primeiro episódio um assassino que copia os crimes descritos nos livros do autor de romances policiais Rick Castle. Isso faz com que Beckett traga Rick pra sala de interrogatórios, justamente quando ele acaba de "matar" o herói de seus romances, e precisava de uma nova inspiração. Vem daí a ideia de criar Nick Heat, uma investigadora inspirada em Beckett, fazendo com que Castle passasse a acompanhar sua musa até finalizar uma série de livros, graças a ajudinha do amigo prefeito dele. Eles começam assim uma parceira que vai se arrastar graças a simpatia mútua e o bom entrosamento entre eles. Pensamentos alinhados, sinérgicos, um completando a fala do outro. Assim é cada conclusão de um caso da dupla. Mas tem outros poréns...
 
 
Beckett é uma fã de Castle, admira seu trabalho e se sente terrivelmente atraída pelo figurão, e ao mesmo tempo se pune por gostar de alguém se se mostra tão fútil, "desmasculinizado" e prepotente. Por outro lado, Castle é charmoso e carismático o suficiente para conquistar a mulher que quiser. Mas ele sabe que no momento que investir pesado em cima de Kate, a parceria vai pro espaço. Daí, isso rende boas 4 temporadas de tensão-relaxamento, chove-não-molha entre os dois. Cada um deles passa a namorar outras pessoas, ameaçam se afastar, brigam, discutem, mas sempre retornam à boa e velha rotina, com Rick chegando de manhã trazendo dois copos de café pra eles, e começando mais um caso.
 
Eu achava que no momento que os autores da série decidissem juntar os dois, a série teria alcançado seu propósito e acabaria, como quando se esperava que o povo de Lost saísse da ilha. Mas não. A quinta temporada começou com o casal escondendo seu namoro da capitã, por medo da parceira ter que ser finalizada, e achei que isso iria matar a série, mas até agora tenho me divertido horrores com essa dupla, namorando escondido! Muito legal mesmo! Estou agora aguardando agora o que está por vir!
 
Mas o título desse post é O RESGATE DO SOLDADO CASTLE! É que assistindo o filme mais uma vez, reconheço o Nathan Filion, intérprete do Castle, como sendo o Soldado Ryan errado (aquele que o grupo de Tom Hanks encontra, mas percebem que não é O Ryan que deveriam resgatar).
 
 
Vale lembrar que nesse filme aparecem o Adam Goldberg, que também aparece como o Eddie, que foi colega de quarto de Chandler quando Joey foi morar sozinho:
 
 
 
E o Giovanni Ribisi, que fez o irmão lesado de Phoebe.
 

 
E do elenco de Castle, pude encontrar o Arye Gross, que em Friends, interpretou o Michael, que janta com Rachel quando ela manda uma mensagem pra Ross, dizendo que "o superou". Em Castle, ele faz um dos médicos-legistas (é o que menos gosta de Castle).
 
 
 
 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Cavaleiro das Trevas Retorna!!!!


Cara, digam o que quiserem, mas Christopher Nolan SABE FAZER FILME DE BATMAN!!! A trilogia foi simplesmente fodástica, muito bem construída, com um dos melhores coringas de todos os tempos (sim, pois o Coringa de Jack Nicholson foi muito bom também, mas o de Heath Ledger reinventou o palhaço do crime de uma forma única!).
 

O terceiro filme da trilogia foi uma excelente conclusão da história trazida, que faz alusão à 5 grandes momentos do homem-morcego (irei colocar em negrito no decorrer do texto). Essas obras são O CAVALEIRO DAS TREVAS, onde o morcegão é reapresentado ao grande público longe daquelas onomatopéias caricaturizadas com Adam West no manto do vigilante mascarado. Aqui podemos ver o Batman inserido num futuro decadente, onde os valores são rediscutidos, segundo uma ótima pessimista da época Reagan. Isso tudo recontado pelo gênio Frank Miller (quadrinista responsável por obras devidamente adaptadas para o cinema, como 300 e Sin City). Aqui, o Batman pôde ser visto como um risco, um vigilante, quebrando seus códigos, sendo um reflexo do futuro corrupto onde ele se encontra. E podemos ver o Batman, em O Cavaleiro das Trevas, escurraçando o Coringa, depois de mandar um batarangue no olho do vilão. Nunca, mas nunca mesmo, o Palhaço do crime correu de medo do seu arquiinimigo. Diferente daquele uniforme roxo e dos balões SOC, POFF, POW, o Morcegão passou a ser uma figura mais sinistra e temida.
 
 
Seguindo a linha de reinventar o herói, Frank Miller começou a narrar BATMAN: ANO 1, onde podemos ver claramente que o primeiro filme foi inspirado nesta obra. A construção do uniforme, o ultimato de guerra contra o crime, até mesmo aquela cena onde Batman evoca os morcegos para cobrirem a sua fuga. Sua relação com o comissário Gordon, a ideia de se tornar um morcego, o retorno a Gothan City, tudo pode ser visto nessa obra.
 
 
Já diferente do que dizem, o filme Batman: Cavaleiro das Trevas não me soa nada parecido com o quadrinho homônimo. Ali eu vejo pontos mais similares à outro grande momento do nosso herói: A PIADA MORTAL. Ver Batman e o Coringa numa sala de interrogatório me lembra o primeiro momento da famosa mini-série que ficou marcada pelos diálogos profundos e viscerais. Isso o filme pôde herdar também. Aliás, sem os discursos do Coringa, aquelas 2h30min teriam demorado mais pra passar.
 
 
E tudo isso nos traz ao último filme, que pra mim é uma perfeita mescla do Cavaleiro das Trevas, mais as sagas TERREMOTO e A QUEDA DO MORCEGO. O interessante é que a obra Cavaleiro das Trevas tem o título, em inglês, The Dark Knight Return. Não é a primeira vez que as editoras mudam o nome de algo na indústria dos quadrinhos por acreditar que perderia o sentido para o público infanto-juvenil, mas enfim... foi-se o Return, só apareceu mesmo no último filme o Rises (erguer). Por isso somente o terceiro filme, na minha opinião, faz alusão à saga de Frank Miller. Christopher Nolan nos mostra a criação do Dark Knight, para depois de seu luto retornar como um foragido. Mas pra mim, a maior sacada de todo o filme foi a fusão das histórias de Bane e de Ra's Al Ghul. Fantástica aquela mistura de personagens. Os caras que querem ver a transcrição perfeita dos quadrinhos nas telas e telonas irá simplesmente quebrar a cara, pois o que está mais fazendo sucesso é ver os diretores de cinema pegarem elementos dos quadrinhos e reaproveitá-los, simples assim. Se fosse diferente, ninguém iria apoiar um Wolverine feito por Hugh Jackman, um cara de quase 1,90m de altura, quando o mutante mais famoso do mundo sempre foi um toco de gente.
 
Mas, e quanto a Friends? Pois é, no último filme não pude deixar de notar a presença de Tom Conti, que fez Steven Walthan, o pai da Emily. Ele é o prisioneiro que ajuda Bruce a recolocar sua coluna no lugar. É ele que traduz pra Bruce, na prisão, o que os outros prisioneiros gritavam quando ele ia escalar o paredão: "Rise".




Cenas de Dark Knight Rises
 


Tom Conti em "Aquele com o Casamento de Ross"

E agora reparei no médico que atende Bruce Wayne no hospital, que é já um ator citado anteriormente, Thomas Lennon.


 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

The Social Network

Adoro esse filme. Adoro os diálogos, a história contada, adoro a construção do enredo, e adoro principalmente o elenco. Vi numa revista certa vez uma entrevista do Eduardo Saverin, falando dos exageros que foram contados no filme, mas ainda assim é uma narrativa coerente de como uma das principais iniciativas virtuais dos tempos atuais começou. Foi mais bacana, em particular, por trazer de volta a lembrança do Napster, o primeiro aplicativo de compartilhamento de músicas que eu conheci. Lógico que a zorra toda de guerra contra a pirataria surgiu daí, mas enfim...
 
E assistindo mais uma vez o filme, vi, nessa cena onde o Eduardo vai bloquear a conta da empresa, que a atendente do Banco é a Monique Edwards, anteriormente citada aqui no blog.
 

 
 
Ela fez uma das funcionárias de Chandler em Tulsa. Fica aqui o registro!
 
 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Agradecimentos!!!

Pessoal, fiquei tanto tempo sem olhar o blog que reparei agora que há comentários nas postagens! Poxa, agradeço mesmo as contribuições dadas (algumas séries citadas eu não acompanho, mas abriremos um espaço aqui pra publicarmos aqui tudo o que vocês trouxeram). O mais engraçado é que eu mal divulguei o blog, era coisa mais de viagem minha mesmo! hehehehehehe! Agradeço o carinho e suas participações!

Novas Séries!!!

Nossa!!! Muito tempo sem postar nada aqui no blog! Sempre que eu via alguma série nova, e encontrava mais algum ator que participou de FRIENDS, eu pensava em publicar, ensaiava mentalmente alguma piadinha sem graça (minha cara!), mas não publicava de fato. Havia perdido o costume, sei lá... mas enfim! Tenho visto sim, novas séries. Tenho apreciado bastante CRIMINAL MINDS (Com a participação de Paget Brewster no papel de Emily Prentiss, que namorou o Joey e o Chandler na quarta temporada).

Paget Brewster em FRIENDS
 
Paget Brewster em Criminal Minds
 
Também tenho acompanhado The Big Bang Theory (Só encontrei o James Hong, que fez um garçom que atende os Nerds, e o treinador de Pete Becker).

James Hong em Big Bang Theory

James Hong em FRIENDS
 
Tem outras séries, mas vou esperar encontrar referências cruzadas pra ir postando aqui! Desde já, agradeço a atenção de vocês, e iremos tornar a nos encontrar a partir de agora! Forte abraço!

domingo, 17 de outubro de 2010

David Arquette no more

Nunca quis, aqui no blog, enfatizar o lado da fofoca em torno de nenhuma das estrelas de FRIENDS, mas a notícia que via agora me trouxe aqui pra redigir isso, pelo registro mesmo: Courteney Cox e David Arquette se divorciaram.

A notícia do divórcio não me causou espanto algum, meio que quando Courteney assinou o seriado Cougar Town como Courteney Cox, sem o Arquette, me chamou atenção. O que me causou surpresa mesmo foi a notícia do casamento deles.

Não sei ao certo, não acompanho Gossip Tabloids, mas eles atuaram juntos na franquia Panico, e quando olho praquele cara atuando daquele jeito, eu penso: - O que ela viu nesse babaca??? O cara é muito ruim como ator, fala de forma forçada, e não apenas naquele papal: EM TODOS OS PAPÉIS ELE FALA DAQUELE JEITO, piscando, olhando pra baixo, e o cara vem de uma família de atores... ninguém ensinou a ele como interpretar?

Quem quiser conferir, pode assistir o 3º episódio da 3ª temporada, onde ele interpreta o perseguidor de Ursula (irmã gêmea de Phoebe), que começa a sair com nossa doidinha favorita. É o mesmo jeito de atuar que ele utiliza fazendo o guarda Dewey em Panico. É péssimo. Lógico que não são as habilidades dramáticas que mais cativam uma mulher, mas me pergunto de novo: - David Arquette? REALLY???



Minha mulher falou a notícia que acabou de ver na TV, e vim na internet corroborar a história. Logo na primeira ocorrência de busca aparece uma declaração que o distinto deu pra imprensa:

- Nós fomos gravar Pânico 4 e me senti distante da minha esposa. Nos já não fazíamos sexo há um mês nessa época. Agora, já faz uns quatro meses. Ela não quer fazer sexo, mas eu entendo perfeitamente, ela está em um momento onde quer sentir que é real, e emocionalmente ela é uma mulher incrível. Se ela sente que não é certo, ela não quer se ligar desta maneira.
Bem, enfim, acredito que isso diga tudo a respeito. Que tipo de cara fala isso pra imprensa? David, já vai tarde. Courteney, seja feliz!

Rachel


Tive que parar pra pensar bastante antes de escrever a respeito de Rachel, pelas razões que tentarei descrever aqui com bastante calma, sabendo que corro um risco incrível de ser mal interpretado. Talvez eu até seja devidamente entendido, e ainda assim, sei que irei sofrer as consequências de minhas palavras, mas vamos lá.

Rachel tem diversas características que já vi nas mulheres mais intempestivas que conheci, sejam ex-namoradas, amigas, parentes, etc. Nós tendemos a julgar as pessoas pelas características que mais chamam nossa atenção, e os pontos negativos dessa FRIEND realmente me incomodam. Egoísmo, manipulação, falsidade, julgar os outros, mesmo cometendo o mesmo erro (não quis usar a palavra HIPÓCRITA, mas acho que ela resume toda a frase), mimada, entre outras coisas. É, Rachel, depois da 3a temporada, não causou boa impressão em mim. Daí, tive que rever diversos episódios para clarear melhor meu julgamento, tentar obter uma nova perspectiva sobre essa personagem. E aqui vai o que eu, por assim dizer, "desconstrui" sobre Rachel. Pra isso, preciso antes narrar a trajetória da personagem desde o início da série.

Todos devem lembram de quando Rachel adentrou no Central Perk no episódio piloto, vestida de noiva, molhada de chuva, e dali estava claro que ela seria o "ponto de fuga" amoroso da série.


Lógico, depois de 10 anos no ar, muita coisa mudou. Mas ela foi cotada como papel centro do enredo principal, sendo uma mulher que fugiu do altar, abandonando Barry Faber, DDS. Ali tínhamos uma garota que nunca fez nada para obter nada, nunca trabalhou na vida, e tinha tudo que o pai podia proporcionar, o que não era pouco: Ela já mencionou que teve um barco, que ganhou de presente quando o seu pônei ficou doente. Nesse mesmo episódio, ela muito humildemente, pegou a vaga de garçonete no Central Perk, e mesmo desempenhando pessimamente o trabalho, ainda assim eram raras as vezes que a víamos se lamentar por isso. Nesse momento, parte de minha antipatia por Rachel diminuiu drasticamente, e passei a observar esse lado da personagem, que admiro e acho muito bacana. Começar de novo, contar com amigos de verdade, isso é positivo.



Daí, vimos que aos poucos ela foi aprendendo a viver como uma mulher independente numa grande cidade, sem contar com os pais. Uma das primeiras lições foi com Ross, já perdidamente apaixonado pela nossa heroína, que lhe mostrou como lavar roupas numa lavanderia (e de quebra, como sustentar sua posição sobre as outras pessoas que tentam tirar vantagem da gente). Mas é fato que ela continuou com diversas manias dos seus tempos de dondoca, como não lavar os pratos de casa (pois a compulsiva Monica acaba sempre dando um jeito nisso), não anota recados, quando alguém se oferece pra ajudá-la, ela para o que estava fazendo e só fica olhando o samaritano trabalhando, entre outras coisas.


Outro ponto alto dela foi quando Joey descobriu que a estava amando. A forma cuidadosa dela de lidar com aquilo, mesmo tendo toda a gravidez dela ali foi muito bacana também. Se falo mal de Rachel, não quero dizer que ela é maligna ou uma pessoa ruim. So que já vi essas qualidades em uma pessoa específica, e só preciso dizer que não somos mais amigos por conta disso. Mas voltando: todos os FRIENDS possuem pontos fortes e fracos, e em Rachel, fica claro durante toda a série que ela é a mais segura das garotas: Os rapazes sempre a procuram, sempre retornam suas ligações, desde sempre. Até as piadas que fazem sobre Rachel estar longe de casar e por estar solteira soam estranhas por conta disso.

Rachel esquece com facilidade de fazer qualquer coisa pra outras pessoas, do bolo do Chá de Cozinha de Monica até pegar a avó dela no aeroporto na véspera do casamento. E o pico do egocentrismo dela, pra mim, foi quando ela pegou as chaves do Porsche de Monica na jaqueta de Ross. Não consigo gostar desse tipo de atitude. E chega a ser engraçado quando ela chama alguém de "detetive" quando jogam na cara dela algo que ela fez no passado. Do início o fim da série, Essa foi a marca de Rachel, e confesso que se Jennifer Aniston fosse 1% menos atriz do que ela é (venhamos e convenhamos, ela é muito boa em comédia), eu odiaria Rachel com todas as forças.


O lado egocêntrico e mimado de Rachel deve-se muito à criação dela. As 3 filhas do Dr. Leonard com Sandra Green são insuportáveis nesses quesitos, mas Rachel é, de longe, a mais legal. Cresceram bonitas, ricas e com tudo que o pai podia dar a elas, e segundo o pai de Monica, Jack Geller, o casal Green nunca foi feliz (ele até menciona um incidente que aconteceu no Havaí uma vez, mas nunca soubemos a história de fato).

Jill (irmã caçula)

Amy (irmã do meio)

Sandra Green (Mãe)

Dr. Green (Pai)

Talvez minha cisma maior seja pela história do "We were on a Break". Vamos tentar recapitular: Ross, após seu divórcio com Carol, ficou 1000 vezes mais ciumento e paranóico que antes, e a presença constante de Mark (o pivô das brigas entre o casal), não ajudava muito. Quando Rachel começou a trabalhar na Bloomingdales, o tempo dela com o namorado ficou cada vez mais reduzido, o que é natural. Ela não deixava de ver o cara por estar na farra ou resolvendo coisinhas pessoais, estava cuidando de sua carreira. Ross, num dos seus momentos nada felizes, resolver ir ver a namorada, super-atarefada, no trabalho. Enquanto ela está ao telefone, ele faz barulho com uma pimenteira, coloca fogo numas flores em cima da mesa, e ela se irrita.



Quando Rachel chega em casa, lá está Ross, eles discutem, Ross atribui a culpa da briga ao stress de Rachel, e pela milésima vez coloca Mark como tópico na discussão. QUALQUER PESSOA se cansaria disso tudo. Até esse momento, Rachel nada fez de errado, e tentou levar o relacionamento o máximo que pode, mesmo com essa eterna conversa sobre o tal Mark. O problema é que ela verbalizou "Maybe we need take a Break". Ela disse. E repete isso pra Mark mais tarde.



Ross saiu, puto, a acabou indo pra festa onde a gata da xerox estava. Ela deu em cima e Ross nada.

Agora vem o que acho inadmissível. Nesse meio tempo, o tal Mark liga pra Rachel, e tarde da noite, vai pra casa dela pra "conversar". hega até a pedir comida Chinesa enquanto isso. Quando Ross liga pra Rachel, ouve a voz de Mark de fundo, e bate o telefone. Na cabeça dele, aquela cena não era nada inocente. E mesmo que nem um beijo na bochecha tenha rolado, logo após um término o pivô da briga aparece tarde da noite na casa de uma mulher, deixa qualquer um de parafuso solto. Foi depois disso que Ross acabou beijando e transando com a menina da xerox.





O que Ross fez foi precipitado, mas até entendo o lado dele. Entendo, mesmo não concordando. Mas a atitude de Rachel não ajudou muito nisso tudo. E ela atribuir a culpa dessa situação a Ross, no que se refere à traição, é demais. Se eles estavam dando um tempo, foi uma traição de fato? A culpa de Ross foi ser inseguro ao extremo, e até a cena do apartamento com Mark, Rachel não teria feito nada de errado.

Tá, OK, "Mark é só um amigo". Se fosse mesmo, ele não teria admitido depois que tinha uma queda por ela. Sei não, nada é por acaso nessas horas.

Por isso acho um absurdo depois Rachel falar pra Ben (quando está tomando conta dele, e acaba ensinando ao pirralho mil pegadinhas) que eles não estavam dando um tempo. Cara, que negócio é esse de dar um tempo? Pra mim não existe. Se eles iam se resolver depois, é outra história, mas o cara liga pra namorada pra reatar e ouve a voz de outro lá? E é o mesmo cara que ele já é cismado? Isso não existe. Mas essa é apenas minha opinião sobre o assunto.

Agora, das 3 garotas, digo que Rachel é engraçada naturalmente. Monica tem seus momentos quando grita, controla, ou escalda os outros por sua mania de limpeza e arrumação; Phoebe, bem... é Phoebe, louca demais. Rachel arranca risadas de situações mais normais, sem um "gancho cômico" específico. Por isso reafirmo que Jennifer Aniston é sim uma grande comediante. E ponto final.